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Cooperação de Maria na santificação do homem

Maria é concebida na mente de Deus e consequentemente no seio de sua mãe, Santa Ana. Tudo em vistas de nossa salvação. É tão relevante o papel de Maria que a chamamos de corredentora. Deus quis, no seu livre e eterno desígnio, associar a obra de seu Filho uma mulher, Maria, até ao ponto em que ela fosse, de verdade, causa da salvação do gênero humano.

Para restaurar e elevar o gênero humano até a intimidade da Trindade, que havia se perdido com o pecado de Eva e Adão, bastava um homem Deus, o Verbo encarnado. Mas ainda que pudesse, não convinha, não era adequado e por isso a Trindade não quis, que o Redentor (Jesus) redimisse sozinho, que o Santificador santificasse sozinho. No Evangelho de João, Maria representa a nova e definitiva mulher, a companheira do Redentor. Aparentemente pouco afetuoso, o apelativo mulher expressa o contrário, a grandeza de sua missão perene.

A Virgem une a paixão de Cristo a sua compaixão. Ao sangue do seu Filho une as suas lágrimas de mãe. Ela também sacrifica e por isso, redime. Ela satisfaz de um modo subordinado e dependente, a pena merecida pelos pecados de todos os homens que existiram, existem e existirão. E merece pelo seu sacrifício as graças da Redenção. O Senhor Jesus fez com que sua mãe que estava de pé junto à cruz, tomasse parte no próprio ato do seu sacrifício. Incluiu a vontade dela dentro da sua, e assim fez com que a sua mãe, tomasse parte na obra da redenção.

O valor redentor que ela acrescenta é enorme, porque Maria não é simplesmente uma pessoa qualquer. É a mãe imaculada do Filho de Deus, e por sua corredenção singular é mãe espiritual de cada homem redimido e mãe da Igreja. Por isso, a cooperação mediadora de Maria, sua corredenção, tem um caráter especialmente maternal. E será levada a cabo na mesma linha ascendente (cooperação maternal de intercessora diante de Deus e de distribuidora de todas as graças).

A aliança de Maria com Cristo é plena e explícita a partir do seu sim (Fiat). Entendido em toda sua plenitude, a maternidade divina impõe e justifica radicalmente o princípio de uma participação de Maria na vida inteira e na missão do Verbo encarnado. Por si própria, esta associação insere Maria em toda a história da redenção e santificação.

Se Eva é mãe dos viventes levados por ela à própria a morte, Maria é mãe dos viventes com vida eterna, divina. Mãe no sentido mais profundo e valioso do que Eva. Mãe de verdadeira vida sobrenatural, mãe na ordem da graça.

Nossa Senhora a aclamamos como corredentora, medianeira ante o Senhor, indissoluvelmente unida ao seu Filho, único mediador entre Deus e a humanidade. A intervenção de Maria, a sua cooredenção real não pode se separar da redenção de Cristo. Conservou fielmente a sua união com o Filho até a cruz. Ela por desígnio divino permaneceu de pé, sofrendo profundamente com o seu unigênito e associando-se com coração de mãe ao seu sacrifício. Consentindo amorosamente na imolação da vítima que ela mesmo tinha gerado.


Alberto Luiz Gasparrini

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