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Reflexão do Evangelho 08 e 09-06


09.06.2019: PENTECOSTES

Atos 2,1-11; Salmo 103; 1Corintios 12,3b-7.12-13; João 20,19-23,

ESPÍRITO SANTO QUE DESEJA TRABALHAR

Para começar, lembremos que o Pentecostes era a segunda principal festa dos judeus. O termo “pentecostes” significa “quinquagésimo”, na língua grega. Na Bíblia, em hebraico, é chamada “festa das semanas” (Ex 34,22: “hag xevuot”). Eram sete semanas entre a páscoa e pentecostes. No AT essa celebração tinha vários motivos e objetivos. Era a festa da Colheita e o dia das Primícias. Nesse dia se levavam ao altar os primeiros frutos da terra (Nm 28,26).

Portanto, era um a festa agrícola, festa de ação de graças depois que o trigo e a cevada tinham sido colhidos. Mais tarde, começou-se a celebrar também, no mesmo dia, a Lei entregue por Deus a Moisés. O povo era estimulado a se alegrar.

Assim se compreende que em Jerusalém, nessa festa, como narra o livro dos Atos dos Apóstolos, havia uma multidão de gente, e são enumeradas ao menos dezoito nacionalidades ou povos de línguas diferentes (At 2,9-11).

O fato de os judeus celebrarem o “dom da Lei”, nos faz observar que nesse dia foi estabelecido o povo de Cristo com a “nova Lei”. Quer dizer, qualquer grupo permanente de pessoas deve ter leis comuns. Toda associação precisa de um estatuto. E se não houver observância, a comunidade se dispersa. É bom lembrar isso quando, às vezes, alguém reclama das leis da Igreja. Aliás, quem obedece à Igreja obedece a Cristo (Lc 10,16). Pois é. Que lucro tem que desobedece à Igreja?

Ao falar de Pentecostes, nos vem logo à mente as línguas de fogo que se repartiram sobre cada um dos que tinham feito a “novena” (At 1,14), após a Ascensão, e o fato de os vários povos de línguas diferentes, terem ouvido os Apóstolos falarem em sua própria língua (At 2,6-8). Quer dizer, São Pedro falou uma língua só ou todas ao mesmo tempo, e todos o entenderam em seu idioma. Esse é um verdadeiro milagre, ocorrido também com Santo Antônio, São Francisco Xavier (falou mais de 400 línguas diferentes), São Francisco Solano (falou a língua de todas as tribos indígenas que visitou aqui na América Latina), São Vicente Ferrer, Santa Maria de Àgreda (além da bilocação, falou todas as línguas das tribos que visitou na América do Norte, etc.), São Mateus de Matelica (do Egito até a Pérsia...). A Igreja sempre entendeu dessa forma.

A respeito dos dons do Espírito Santo, convém lembrar o que ensina, oficialmente, a Igreja. Ninguém pode ter a presunção de possuir dons extraordinários. A soberba é sempre o pior pecado. A humildade de coração sempre agrada. Os dons extraordinários (profecia, línguas, ciência infusa, sentido oculto, interpretação...) só ocorreram em situações excepcionais, e com grandes santos e santas.

Como disse São Cirilo de Jerusalém, São Pedro que teve o dom das línguas, teve também o dom ou carisma de ser crucificado, martirizado por Cristo.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que recebemos o Espírito Santo, e seus dons, por meio dos Sacramentos (n.739). Fora da Igreja Católica, o Espírito Santo age naqueles que estão dispostos a acolher a plenitude da revelação e da graça, em direção à “unidade católica” (n.819). Pois não conhecemos outros meios de salvação senão os Sacramentos administrados pela Igreja de Cristo (Ad Gentes 7; Dominus Iesus, 21). “O Espírito Santo não atua fora ou ao lado da única Igreja de Cristo” (DI 12).

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