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Reflexão do Evangelho


16.06.2019: DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

Provérbios 8,22-31; Salmo 8; 1Romanos 5,1-5; João 16,12-15

EM COMPANHIA DAS TRÊS DIVINAS PESSOAS

Os escritos do Novo Testamento estão repletos de referências ao “Pai, ao Filho e ao Espírito Santo”. Sim, existem três pessoas. São iguais. Têm a mesma natureza. Essas Três Pessoas desejam a companhia dos seres humanos. Então, é a melhor notícia que os seres humanos podiam receber.

Nos inícios da história da Igreja, alguns negaram este mistério, ou o entenderam mal, e produziram confusões e divisões. A principal heresia surgiu com Ario, e é conhecida como “arianismo”. Para Ário, o Logos (Cristo) seria uma criação do Pai. O Pai o teria feito um “semi-deus”, um “herói”, mas Ele (Cristo) não teria a mesma natureza de Deus. Não foi fácil extirpar esse erro. Ele causou uma confusão catastrófica na Igreja de 336 a 381 d.C. O arianismo foi condenado em 325, em Nicéia, no Primeiro Concílio Ecumênico, isto é, assembleia de todas as comunidades cristãs.

Mas logo depois, o arianismo retornou. Fala-se que quase 90% dos bispos eram arianistas, isto é, ensinavam essa heresia. Parecia que a Igreja não existia mais. Somente cinqüenta anos mais tarde, a reta doutrina foi restabelecida, graças aos esforços de grandes teólogos e apologetas. Um dos heróis na defesa da fé foi Santo Atanásio, que foi perseguido pelos imperadores arianistas, preso e enviado ao exílio cinco vezes.

Só como curiosidade: naqueles tempos houve verdadeiras brigas entre os que afirmavam que Cristo era “omoousios” (termo grego que significa “igual”, da mesma substância), e os que diziam que ele era apenas “omoiousios” (com “i”, e significa “semelhante”, “substância parecida”) ao Pai. O que não faz um “i” na teologia!

Pois é. O Concílio de Nicéia debateu os termos “homoousios” e “homoiousios”. Definiu e afirmou que o Pai, o Filho e o Espírito Santo (a Divina Trindade) são “homoousios”, (sem o “i”), isto é, possuem a mesma substância.

Faço um parêntesis. Os que defendem e sofrem por defender a fé, os mártires e confessores, são os mais festejados santos do céu, diz o Apocalipse (cf. 15,1-4; etc.). Convém saber que existem várias seitas que usam a Bíblia mas negam a Santíssima Trindade, da mesma forma que usam a Bíblia e negam a real presença de Cristo na Eucaristia, etc. Muitas seitas chamam o dogma da Santíssima Trindade de “doutrina monstruosa”. E chamam de “monstruosa” também a doutrina da real presença de Cristo. Ora, os milagres eucarísticos confirmam a fé na Santíssima Trindade. São Pedro já escrevia: “Os ignorantes e vacilantes torcem as Escrituras, para a própria perdição” (2Pedro 3,16).

Santa Clara de Assis cultivava uma profunda devoção ao mistério da Santíssima Trindade. Seu corpo continua incorrupto. E extraíram “Três Pérolas” do seu coração, que também se conservam intactas. Essas Três Pérolas, juntas, têm o mesmo peso que uma só, ou duas. Quer dizer, uma é igual a duas, uma têm o mesmo peso que três, e duas têm o mesmo peso que três. Um sinal da Trindade. O mesmo ocorria com as “pérolas” extraídas do coração de Santa Clara de Montefalco. E o mesmo ocorre com as cinco porções de sangue do Milagre Eucarístico de Lanciano: são diferentes na forma e no tamanho, mas sempre iguais no peso, quer de uma, de duas ou de todas as porções.

Pe. Aldo Dal Pozzo

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