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Reflexão do Evangelho- 07/07/2019


07.07.2019: 14º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Isaías 66,10-14c; Salmo 65; Gálatas 6,14-18; Lucas 10,1-12.17-20

“O SENHOR ESCOLHEU OUTROS SETENTA E DOIS”

Diz o Catecismo da Igreja Católica:

“O Senhor Jesus dotou a sua comunidade de uma estrutura que permanecerá até a plena consumação do Reino. Há antes de tudo a escolha dos Doze com Pedro como seu chefe. Representando as doze tribos de Israel, eles são as pedras de fundação da nova Jerusalém. Os Doze e os outros discípulos participam da missão de Cristo, do seu poder, mas também da sua sorte. Através de todos esses atos, Cristo prepara e constrói a sua Igreja” (Catecismo, n.765).

Diz o Evangelho deste domingo, que Jesus escolhe e envia outros setenta e dois e lhes dá recomendações semelhantes às que deu apóstolos (cf. Lc 9,1-6). Por exemplo, eles deviam estar cientes de que onde andassem existiriam adversários, “lobos”. O próprio Jesus já tinha tido muitas decepções em várias localidades.

Por isso, deviam saber que ser discípulo e missionário é uma tarefa que exige muitos preparativos e cuidados. Uma das características desses evangelizadores “leigos” era a simplicidade e o espírito de pobreza. Mas existe a recompensa, muito “lucro”... para a alma. Bem entendido. “Vossos nomes estão inscritos no céu” (v.20). Na história da Igreja existem numerosíssimos casos de pessoas humildes que se tornaram providenciais formadores da vida cristã.

E há maneiras muito diversificadas de ser um evangelizador(a). Aqui no Brasil temos o caso interessante da Beata Nhá Chica (Baependi, MG, 1810-1895). Desde jovem, organizava orações em sua casa, todos os dias, e sempre havia gente que ia lá para essas horas de piedade. E aos poucos, iam aparecendo as necessidades das famílias, e ela, então, exercia a típica caridade cristã, atendendo doentes e pessoas necessitadas. Tornou-se muito conhecida, e mesmo depois de sua morte não pararam as peregrinações ao seu túmulo, tendo socorrido a muitos com suas graças.

Parece, então, que ela fez o que se deseja que façam, por exemplo, os grupos de famílias, ou comunidades eclesiais de base. Cada um(a) pode organizar orações em sua casa, convidar outros. Dessa forma será um discípulo semelhante a esses setenta e dois.

O que é que os setenta e dois iam ensinar? Seguramente o que ensinava Cristo. Os evangelizadores devem manter-se fiéis ao ensinamento dos Apóstolos (Atos 2,42). Porque o diabo sempre usou a Bíblia para enganar, desviar da missão, como se vê na relato das tentações de Jesus.

Assim, nenhum evangelizador podia ensinar coisas contrárias ao que ensinavam os Apóstolos. Para interpretar corretamente a Bíblia, deve-se observar como os Apóstolos a interpretavam, e isso se percebe na forma de agir, de viver, de organizar. E se deve verificar como as primeiras comunidades entendiam e viviam o ensinamento recebido.

Por exemplo, os Apóstolos ensinavam que Maria é Mãe de Deus (Lc 1,43), que Cristo fundou uma Igreja (Mt 16,16-18), que deve existir um só rebanho (Jo 10,16), que a Eucaristia é o Corpo de Cristo (Jo 6; 1Cor 11), que não existem outros meios de salvação senão os sacramentos (Mc 16,16; Jo 6,51-58; Jo 20,23; Mt 18,18; etc.). Etc.

Dizia alguém que voltou a ser católica: “Acabei descobrindo que existem muitos milagres eucarísticos “gritando”, e o mundo não quer ver”.

Uma conhecida religiosa costumava dizer que há duas maneiras de evangelizar: com boas palavras e com boa fama.

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