Reflexão do Evangelho- 11/08/2019

11.08.2019: 19º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Sabedoria 18,6-9; Salmo 32; Hebreus 11,1-2.8-12; Lucas 12,35-40
NOSSA FÉ É UMA CERTEZA, POIS ESTÁ BASEADA EM FATOS.
É isso que nos ensinam a primeira e a segunda leitura de hoje. A fé bíblica é uma certeza. Não é uma opinião. Por isso, é pura perda de tempo lutar contra a fé católica da Igreja.
Se os católicos não tivessem certeza a respeito do que creem, aí sim estaríamos perdidos como perdidos estão todos os que não aceitam a fé que professamos. Os que não creem, vivem apavorados com o que pode suceder depois desta vida. E os não católicos vivem, eles também, angustiados, pois não têm certeza de nada e, por isso, para tentar sossegar a consciência, procuram convencer-se a si mesmos com discursos vazios. Assim se explica a existência de tantas crendices (e cretinices) neste mundo que aceita qualquer tipo de crença, sem investigar as razões.
O capítulo 11 da Epístola aos Hebreus que lemos hoje, é de certa forma uma conclusão do que veio exposto nos capítulos anteriores. O autor (não se sabe se foi São Paulo) insiste na fé cristã como herdeira ou continuadora da revelação do povo bíblico. Procura garantir aos judeus ainda desorientados, que a ressurreição de Cristo tinha deixado tudo muito claro. E convida o povo a seguir Cristo e a nova aliança, e não mais o culto que se realizava de acordo com a antiga aliança.
Ele diz que “a fé é a consistência do que se espera”. O texto grego diz que a fé é “hypóstasis” do que se espera. “Hypostasis” é mais ou menos “alicerce”, “fundamento”, “base”. Quer dizer, não cremos no vazio. E se esperamos a vida eterna, é porque temos certeza de que ela existe. Cristo é o fundamento dessa esperança.
A primeira leitura, do livro da Sabedoria, recorda que o povo seguiu Moisés rumo à terra prometida, porque tinha certeza de não estar sendo enganado. Tinha conhecimento dos prodígios realizados contra o faraó e os opressores. “A noite da libertação fora predita a nossos pais” (Sb 18,6). Moisés sempre quis ter certeza de que era Deus mesmo que o enviava e o amparava.
(Observação: os bons biblistas dizem que aquelas dez pragas contra os egípcios foram, AO MENOS, “providenciais”. Em boa teologia, fato providencial é uma fato natural mas coordenado pela força divina. Fato supranormal, ou milagre, é um fato superior à natureza, diferente da natureza e contrário à natureza. Assim, não precisamos duvidar, por exemplo, que Deus possa, de fato, ter aberto o Mar Vermelho para o povo passar. Essa segurança nós temos porque na história da Igreja existem muitos prodígios semelhantes.)
(Por exemplo, por ocasião do tsunami,