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Reflexão do Evangelho- Pe. Aldo Dal Pozzo


24.11.2019. 34º DOMINGO - SOLENIDADE DE CRISTO REI

2Samuel 5,1-3; Salmo 121; Colosenses 1,12-20; Lucas 23,35-43.

“VIVA CRISTO REI!”

O livro do Apocalipse presta contínua homenagem a Cristo Rei. E proclama com todas as letras: Cristo é o “REI DOS REIS E O SENHOR DOS SENHORES” (Ap 19,16). Pois é. Naquele tempo, quem dissesse que Cristo era rei, sabia muito bem que seria conduzido aos tribunais. E que o seu fim seria o martírio.

Na década de 1920, os cristãos do México (apelidados de “cristeros”) se levantaram contra o governo comunista que pretendia silenciar a Igreja, gritando: “VIVA CRISTO REI! VIVA A VIRGEM DE GUADALUPE!” O povo tinha que enfrentar a polícia para ir à Missa e, especialmente, ao santuário da “Virgencita” de Guadalupe. Foi nesse período de perseguição, que ocorreu um famoso milagre de N. S. de Guadalupe. No dia 14 de novembro de 1921, um revolucionário pôs uma potente bomba, escondida num belo arranjo de flores, diante de imagem de Guadalupe. Os estragos da explosão podem ser vistos ainda hoje. Mas a bomba não quebrou o frágil vidro que protegia a imagem da MÃE DO “REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (1Tm 6,15).

Na Espanha, dez anos depois, a cena se repetia. Também lá os cristãos saíam à ruas para protestar contra o governo comunista e ateu, e proclamavam: “VIVA CRISTO REI!”. Milhares de sacerdotes, religiosos e religiosas e cristãos leigos foram mortos. Também lá quiseram destruir famoso Santuário de Nossa Senhora do Pilar. No dia 3 de agosto de 1936, jogaram, de avião, seis bombas de 50 quilos cada. Estão lá algumas marcas delas, mas nenhum dano produziram (2 bombas estão em exposição na igreja; uma bomba caiu fincada no chão e deixou um buraco em forma de cruz; outra passou pelo telhado e forro e deixou o buraco na forma da bomba). Em 2007 foram canonizados 498 destes corajosos cristãos que defenderam, com o sacrifício da própria vida, a REALEZA DE CRISTO.

Em 1925, quando o Papa Pio XI instituiu a SOLENIDADE DE CRISTO REI, ele falou que a humanidade que quer andar sem se deixar guiar por Cristo, colhe frutos amargos. É isto que vemos com frequência. Muitas desgraças surgem com certos líderes de nações ou outras pessoas que têm pretensões de grandeza, e impõem leis iníquas.

Ainda hoje muita gente é “fanática” de certos “reis” cheios de vaidade, demagogos, corruptos, abortistas, narcisistas. Até entre líderes “religiosos”(!) podem existir os soberbos, arrogantes, dominadores. Jesus, O “REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES”, NASCEU POBRE, VIVEU POBRE, MORREU POBRE, FUGIU DOS APLAUSOS, ENTROU EM JERUSALÉM MONTADO NUM JUMENTINHO. Seu “poder” está na humildade e mansidão.

Os textos bíblicos da Liturgia deste DOMINGO DE CRISTO REI apresentam a figura do rei Davi. Pois o povo sempre precisou de um governante. Todos sabem que sem um chefe central, existe anarquia e desordem. Mas ficou claro que o povo é de Deus. E Davi seria o chefe visível, pois todos viam que uma autoridade central era necessária para o bem comum (ler 2Samuel 5,1-3). Jesus Cristo era inteligente, e não foi por acaso que escolheu um único chefe para sua única Igreja.

Temos que corrigir certas idéias que circulam por aí. O Reino de Deus não existe sem a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica. Reino de Deus não é apenas uma humanidade mais justa e solidária. É muito mais que uma “humanização”. Reino de Deus é de ordem sobrenatural. Começa neste mundo, com a graça batismal, que não é uma graça natural, mas divina. E se completa no reino celeste.

No Evangelho de hoje, olhamos o “ladrão arrependido” no alto de uma cruz, perto de Jesus. Por mais longe de Cristo que tivermos andado, não nos faltará um último olhar de Deus nos convidando para entrar no Reino do seu Filho.

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