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Reflexão do Evangelho


08.03.2020: 2º DOMINGO DA QUARESMA

Gênesis 12,1-4a; Salmo 32; 2Timóteo 1,8b-10; Mateus 17,1-9

O MISTÉRIO DE CRISTO REVELADO NA MONTANHA

Neste 2º Domingo da Quaresma lemos o evangelho da transfiguração de Jesus. “Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E foi transfigurado diante deles. O seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz” (v. 1-2).

O Evangelho não fala que esse fato ocorreu no Monte Tabor, mas a tradição cristã sempre entendeu que foi lá. Inclusive aí foi construída a Basílica da Transfiguração. E também existe um mosteiro.

Os racionalistas e outros céticos costumam dizer que essa história seria apenas mais uma lenda. Mas na vida de muitos santos esta “iluminação” sempre existiu. Por exemplo, São João Maria Vianney foi visto várias vezes envolto em luz tanto no confessionário como em sua casa (Francis Trochu, O Santo Cura d’Ars, p.371-376). Muitos outros santos foram vistos rodeados de luz: B. Margarida Molli, S. Luís Bertran, S. Inácio de Loyola, S. Francisco de Paula, S. Felipe Néri, S. Francisco de Sales, S. Carlos Borromeu, S. Tomás de Aquino... (Existem certas faíscas em paranormais... mas aí é distúrbio.) (Nota: Um documento oficial da Igreja diz que para interpretar a Bíblia, é também necessário observar a vida dos santos (Verbum Domini, n.48).

Em segundo lugar, quanto à aparição de Moisés e Elias, lembremos que “do além para o aquém não volta ninguém”. Jamais uma alma de pessoa falecida se comunicou com alguém. Quer uma prova? Existem milhares e milhões de mortos desaparecidos. Nunca veio uma alma deles dizer onde estava o corpo. No acidente de avião da Air France, que partiu do Rio de Janeiro, em 2009, havia 228 pessoas. Até hoje, nem o avião encontraram, e muito menos os corpos. Nenhuma alma dos que estão mortos no fundo do mar se comunicou para indicar o lugar (!!!).

Para entender esse caso de Moisés e Elias, lembremos que na história da Igreja há muitas aparições de Nossa Senhora. Por exemplo, em Fátima, antes de Nossa Senhora, houve “aparição” de Anjo. Os pastorinhos diziam que o Anjo aparecia em forma humana, em uma espécie de nuvem mais branca do que a neve, semelhante a uma estátua de neve, suspensa no ar, acima das árvores (R. e R. Allegri, Os milagres de Fátima, Paulinas, p.93). Então talvez (talvez!!!) Nossa Senhora se manifeste em forma de imagem. Mas não é a “alma” dela. É mais ou menos como se Nossa Senhora falasse na televisão... e na televisão a gente vê somente a imagem das pessoas. Por isso, segundo alguns, seria melhor dizer “visão” e não “aparição”.

A Escritura chama os batizados de “iluminados” (Hb 10,32). Os cristãos são filhos da luz (Ef 5,8). No dia do Batismo, o celebrante entrega a vela acesa ao batizado e lhe pede para viver como “filho da luz”. O Catecismo da Igreja diz que os fenômenos místicos (bilocação, êxtases, ciência infusa, línguas, inédia, luzes, etc.) em alguns santos são uma prova dessa graça divina (n.2014).

A transfiguração der Jesus foi decisiva para os Apóstolos terem maior certeza a respeito de Cristo. Entenderam que Ele não era um simples profeta. É o “Filho amado” de Deus Pai (v.5). São Pedro escreveu que a sua mensagem não consistia em “fábulas sutis” ou histórias inventadas, mas estava fundamentada também neste fato da Transfiguração (2Pedro 1,16-18).


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