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Reflexão do Evangelho- 29/03/2020 - 5º Domingo da Quaresma


29.03.2020: 5º DOMINGO DA QUARESMA

Ezequiel 37,12-14; Salmo 129; Romanos 8,8-11; João 11,1-45

DESEJO E CERTEZA DA RESSURREIÇÃO

Em meio a tantas notícias de mortes, o Evangelho deste 5º Domingo da Quaresma fala de uma ressurreição, a de Lázaro. (A primeira vez que a Bíblia fala explicitamente em ressurreição usa o termo grego “egheiro”, que significa “erguer-se”, ou “despertar”: 2Macabeus 12,43-46. Mas existem outros textos mais antigos que a anunciam, como Isaías 53; Ezequiel 37... etc.).

Alguns teólogos preferem utilizar o termo “revitalização” para o milagre de alguém realmente morto voltar a viver neste mundo, e “ressurreição” para a vida plena no além da história, como Cristo.

Não foi Deus quem fez a morte, ela foi causada pelo pecado, diz a Sagrada Escritura (Rm 5,12). Esta afirmação consta no livro da Sabedoria 2,24. (Nota: Esta é uma das centenas de provas de que os Apóstolos e Evangelistas utilizavam a Bíblia Católica, ou sejam, a Septuaginta, onde estão aqueles sete livros desprezados pelos não-católicos.)

Lázaro deve ter morrido jovem por algum grave problema de saúde. Mais tarde acabou indo à França, e seus ossos estariam na caverna de S. Baume. (Entre parêntesis. Falando em peste, há vários relatos bíblicos de pestes. Por exemplo, um texto fala que Deus pediu a Davi para escolher um dentre três castigos: ou fome, ou guerra, ou peste. E ele escolheu a peste (2Samuel 24,10-25). No Apocalipse temos a imagem do “cavalo verde”, que espalha fome, guerra e peste (6,2).

Lembramos que a Igreja afirma que as realidades terrenas têm autonomia (Gaudium et Spes, 36). Assim, quem deve resolver o problema da peste, por exemplo, são as pessoas humanas. Mas na história da Igreja temos exemplos de cidades ou pessoas protegidas milagrosamente, como Fiorano, cidade que se reuniu como uma só pessoa, e fez um voto diante de uma imagem de Nossa Senhora, e se livrou totalmente de uma epidemia que chegou a matar mais de metade da população de certas cidades, no século XVII (cf. Vitorio Messori, Hipóteses sobre Maria, p.419-427).

Para ilustrar o milagre da revitalização de Lázaro, podemos olhar para um milagre de revitalização de um morto em nossos tempos, aprovado pelo atual Papa. Foi o milagre aprovado para a canonização de Santa Maria Catarina Kasper (+1898). Foi na Índia. No dia 27 novembro de 2011, um padre (frei Leo) sofreu gravíssimo acidente, com vários traumatismos. Levado ao hospital, foi declarado clinicamente morto, e não havia o que fazer. A comunidade invocava a intercessão dessa santa. O padre ficou lá até 04 de janeiro de 2012. Começaram o velório. Perto da noite, uma das freiras se aproximou, o tocou e o chamou pelo nome, e viu que o morto abriu os olhos, fechando-os logo depois. No dia seguinte, reabriu definitivamentre os olhos. Levado ao hospital, de lá saiu sem ter recebido nenhuma cirurgia e nenhum tratamento médico. (Só para lembrar: para aceitar a revitalização como milagre, a Igreja exige que o que voltou a viver esteja em perfeita saúde, sem nenhuma doença, e muito menos a que o levou à morte. E viva ao menos mais 5 anos. Assim se estabelece a completa diferença entre milagre e certas histórias que andam por aí.)

As muitíssimas milagrosas revitalizações (exclusividade católica!) são uma certeza de que nosso desejo de vida eterna não será frustrado. É a recompensa aos que amam a Deus de todo o coração. “FELIZES OS QUE MORREM NO SENHOR” (Ap 14,13).

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