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Reflexão do Evangelho- Pe. Aldo Dal Pozzo


21.06.2020. 12º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Jeremias 20,10-13; Salmo 68; Romanos 5,12-15; Mateus 10,26-33


“NÃO TEMAIS OS QUE MATAM O CORPO”

É o que diz o Evangelho de hoje. Não são palavras vazias. Quem as pronunciou podia muito bem ter fugido para longe de poderosos que se julgavam autorizados a lhe tirar a vida. Mais ainda, quem falou isso aí é Alguém que ressuscitou... e deixou milhares de provas de que está muito vivo neste mundo.

Multidões de mártires desprezaram a própria vida por terem certeza de uma vida superior. Por isso, OS MÁRTIRES NÃO SE FAZEM DE VÍTIMAS, PELO CONTRÁRIO, SE JULGAM VENCEDORES (Ap 12,11).

Cito, ao acaso, alguns santos. O mártir Dióscoro ficou célebre em Alexandria, no Egito, por suas respostas ao imperador Décio, no ano 250 d.C. Este lhe perguntou várias coisas, como: “Qual a tua profissão?” E a resposta do jovem lhe pareceu um deboche: “MINHA PROFISSÃO É SEGUIR JESUS CRISTO E SALVAR A MINHA ALMA”. E o imperador, com desprezo, continuou: “Vou te colocar numa jaula, te furar com pontas de ferro, te cortar em pedaços, e você vai morrer como um criminoso qualquer”. Dióscoro olhava para o céu, estava feliz, sorria.

Embora não seja mártir, olhemos para São Luís Gonzaga (1568-1591), celebrado no dia 21 de junho. De família rica, preparou-se para ser comandante militar. Resolveu “perder” uma cobiçada carreira para ser um religioso jesuíta, e fazer os votos de pobreza, castidade e obediência. Cuidava de pessoas infectadas por ocasião de uma peste, lá em Roma, e foi infectado também, e ia morrer. Sua mãe chorava, e lhe escreveu um carta cheia de tristeza. E o filho, São Luís Gonzaga, lhe responde dizendo que estava um pouco ansioso, porque achava que àquelas alturas já estaria na “TERRA DOS VIVOS”, mas ainda estava por aqui (Liturgia das Horas III, p.1362).

E no dia 22 de junho celebramos dois mártires relativamente recentes: S. Tomás Morus (+1535) e S. João Fischer (+1535). S. Tomás Morus se manteve fiel à Igreja do Papa, e por isso foi condenado à morte pelo imperador Henrique VIII. Depois de longa prisão, chegou o dia da degola. Subiu ao patíbulo, e viu o carrasco com o machado na mão. Aproximou-se dele, o abraçou e lhe falou: “QUE FELICIDADE! VOCÊ VAI ME MANDAR AO CÉU!” Por sua vez, S. João Fischer, quase não conseguia mais andar e falou: “FORÇA, MEUS PÉS, QUE O PARAÍSO JÁ ESTÁ PERTO!”.

Falando ainda em São Tomás Morus, podemos observar que só mesmo um santo como ele, e estando na prisão, poderia escrever uma carta para sua filha Margarida, e dizer que aquilo que para nós parece mau (no caso, a prisão e a morte), para Deus é realmente ótimo (Liturgia das Horas III, p.1368).

A esses mártires poderíamos acrescentar numerosos testemunhos como os de S. Perpétua e S. Felicidade, S. Águeda, S. Inês, etc... que se dirigiam ao suplício ou às feras como quem ia à festa do casamento...

Esses exemplos de santos mártires nos dão a melhor explicação da Sagrada Escritura. E nos livram dos absurdos que vemos em nosso mundo. E lembremos que existem centenas de corpos incorruptos de santos mártires como prova de sua santidade. Por isso, as únicas pessoas que podem ser felizes neste mundo são os católicos... pois somente eles têm certezas a respeito da vida eterna.


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