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Reflexão do Evangelho

23.08.2020. 21º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Isaías 22,19-23; Salmo 137; Romanos 11,33-36; Mateus 16,13-20.

A IGREJA QUE VAI EXISTIR ATÉ O FIM DO MUNDO

Esse texto de Mateus é muito denso e elaborado. Apresenta um fato tal qual a comunidade o entendeu e viveu. Há várias coisas. De acordo com o texto, o povo diz que Cristo seria João, Elias, Jeremias, profeta. Pedro diz que Jesus é Filho de Deus. Jesus diz a Simão “Tu és Cefas” (”Keipha”), isto é, Pedra, Pedro. Já quando Jesus encontrou Simão, lhe mudou o nome para “Keipha” (Jo 1,42).

O texto aramaico (ou hebraico) tinha o mesmo termo para “pedra” e para a pessoa de “Pedro”. Os ignorantes até hoje se valem do termo masculino “Pedro”(“Petrós”, em grego), para tentar confundir e dar a entender que “pedra” (Keipha”) e “Pedro” seriam coisas diferentes.

É a famosa “explicação” encontrada por um tal de Teodoro Zahn. De acordo com este protestante, Jesus teria dito: “E eu te digo, Pedro: sobre esta pedra fundarei a minha igreja”. Jesus teria dito que a pedra seria Ele. E, assim, Pedro não seria o alicerce, o fundamento da Igreja. Essa explicação corre solta por aí entre os não católicos.

Como resolver essa questão? Muito simples. Tem que ver o que dizem os escritores do início da Igreja. E aqui seriam necessárias várias páginas para recolher alguns testemunhos da Igreja primitiva. Em suma, NAS PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS NUNCA EXISTIU DÚVIDA ACERCA DA AUTORIDADE DE PEDRO. “A Igreja aparece no primeiro dia de sua existência como um organismo vivo, que cresce e se desenvolve, já completo nas suas partes, assim como é completo o corpo de uma criança que caminha para a juventude e a maturidade”.

É só observar nos escritos do NT, como nos Atos dos Apóstolos, que A AUTORIDADE DE PEDRO NUNCA É CONTESTADA. Ninguém nega que Pedro seja o chefe escolhido por Cristo, mesmo quando houve divergências quanto às atitudes a serem tomadas em certos casos. Inclusive já se faziam reuniões, assembleias, concílios. Por isso, não precisamos nos escandalizar quando existem, e sempre existiram, fraternas divergências na Igreja, sobre certos assuntos não ligados à doutrina.

E não precisamos nos escandalizar se na história da Igreja houve papas não muito dignos. Santa Catarina de Sena, que foi umas das maiores santas místicas da Igreja, vivia “brigando” com papas quando residiam em Avinhão, e não em Roma.

A Igreja sempre teve sua identidade marcante. Os cristãos sempre souberam a DIFERENÇA ENTRE A IGREJA FUNDADA POR CRISTO E AS SEITAS. Já nos inícios, lá em Jerusalém, havia sete seitas. Depois mais dez (Eusébio de Cesareia,.História Eclesiástica, p.74.105.206.207, na edição da Paulus). As seitas ou falsas igrejas não deixam de ser o “joio” semeado pelo adversário (Mt 13,24-30).

Santa Rosa de Viterbo defendia o Papa numa época em que era perigoso fazê-lo, e o povo tinha medo de se manifestar (século XIII). Até hoje, lá em Viterbo carregam o coração intacto desta santa pelas ruas da cidade, em impressionante monumento. O mesmo ocorreu com Santa Camila Batista Varani (século XVI). Defendia o Papa apesar de tudo... E sua língua, a língua que defendia o Papa, está intacta.


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