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Reflexão do Evangelho


20.12.2020. 4º DOMINGO DO ADVENTO

2Samuel 7,1-5.8-12.14.16; Salmo: 88; Romanos 16,25-27; Lucas 1,26-38

ERGUER O OLHAR

“O tempo do Advento nos convida a erguer o olhar. A recuperar a dimensão vertical da existência. A ter uma esperança que não se baseia nas últimas promessas econômicas ou científicas. Mas no único e autêntico fato novo, ou seja, que Deus se fez homem. É o anúncio do Natal. Deus irrompe na história para dissipar as trevas.”

Mas Deus nada faz sem a livre colaboração da pessoa humana. Seu desejo é nos libertar definitivamente da doença, do sofrimento, da morte. E isso depende de nós. A vinda do Senhor pode esbarrar naquilo que o Evangelista São João escreveu: “Veio para os seus, mas os seus não o acolheram” (Jo 1,11).

Com as descobertas dos famosos manuscritos de Qumram, em 1947, temos documentado o anseio dos essênios, isto é, de uma comunidade de piedosos hebreus, pela chegada iminente do Messias. Para calcular a época de sua vinda, estudavam o capítulo 9 do profeta Daniel. Que fala das “setenta semanas de anos”, ou seja, 490 anos.

Os essênios começavam a contar esses anos a partir da destruição de Jerusalém, no ano 586 a.C. Primeiro deixaram completar-se os 70 anos de exílio e o reinício da vida em Judá. E aí, sim, começavam a descontar os 490 anos. E chegavam ao ano 236 a.C. Uma data compatível com a do nascimento de Jesus. (Outros grupos contavam de outro jeito, começando em outros episódios, e aí chegavam ao ano 32 d.C. e 48 d.C.).

Um assunto que sempre volta à tona na época do Natal, é o da data do nascimento de Jesus. Um historiador italiano, Ruggero Sangalli, publicou, dias atrás, um artigo assim intitulado, em italiano: “25 dicembre, una data fondata sulla realtà” (disponível aí no google). O autor sustenta que o 25 de dezembro do ano 2 a.C. é uma data histórica. E se baseia também nos calendários da Nasa e nas informações do historiador Flávio Josefo. E é atestada por escritores cristãos como Tertuliano, S. Hipólito, S. Irineu de Lião. Por exemplo, o rei Herodes morreu alguns dias antes de um espetacular ECLIPSE LUNAR, informa Flávio Josefo. Ora, esse eclipse ocorreu nas primeiras semanas do ano 1 d.C.

Aliás, a própria Bíblia fornece dados a respeito do dia do nascimento de Jesus. Por exemplo, o Evangelho de hoje diz que o Anjo Gabriel falou a Maria que Isabel já estava no sexto mês de gravidez de João Batista (Lc 1,36). Ora, sabemos, por inúmeros dados, que Isabel concebeu poucos dias depois do dia 20 de setembro, festa do “Yom Kippur”, como está no livro do Levítico, capítulo 16. (Os judeus a celebram até hoje, e neste ano de 2020 ocorreu no dia 27 de setembro.) Maria foi visitar Isabel, ficou lá 3 meses e retornou. É só fazer as contas e chegar, mais ou menos, ao dia 25 de dezembro.

Por fim, vai aí um conto real... de natal. Santa Margarida de Città di Castelo (+1320). Nasceu pobre, cega, corcunda, coxa e anã. Foi abandonada e criada pelas freiras. Ainda em vida, dizia que trazia um tesouro em seu coração. De fato. Extraíram o coração... e era bem grande. E aí foram encontradas três grandes medalhas, feitas com com tecido cardíaco. Nelas havia, em relevo, três cenas de Natal. Numa das medalhas, via-se a manjedoura; na outra, o Menino Jesus e sua Mãe, a Virgem Maria; e no terceiro, uma imagem de São José e uma pomba branca, sim, branca. Pois é. Além do corpo ainda incorrupto desta santa, que tem a altura de 1,22m, consta que também essas relíquias estão muito bem conservadas, lá em Città di Castelo. ... Isso sem falar da marca do beijo do Menino Jesus no rosto de Santa Catarina de Bologna, corpo incorrupto, sentada... e que também Santa Terezinha do Menino Jesus contemplou, por ocasião de uma peregrinação, em 1887.

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