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Dízimo: Gesto de fé em Deus e confiança na Igreja


No nascimento da nossa Igreja, criada pelo próprio Jesus Cristo, nosso Mestre e Senhor, as primeiras comunidades cristãs praticavam a partilha fraterna, doando por amor parte daquilo que possuíam, ou muitas vezes colocando em comum tudo aquilo que lhes pertencia (cf. At 2,44). A partir daí diversos tipos de partilha foram realizadas, promovendo a sustentação de obras a favor dos pobres, como o apóstolo Paulo nos ensina na Primeira Carta aos Corintos (16,1-3) e Lucas no Livro dos Atos dos Apóstolos (11,29), acerca das necessidades da própria Igreja para o seu sustento e funcionamento.

Dentre as diversas formas de partilha, neste momento vamos tratar da importância do dízimo, pois esta é uma forma que deve ser estimulada em todas as paróquias e comunidades da nossa Diocese, como meio ordinário de sustentação da evangelização.

O dízimo não é pagamento, pois não se paga pelo Amor que emana do próprio Deus, mas é retribuição, doação e contribuição que se faz à Igreja para que esta possa corresponder às suas necessidades do mundo com a manutenção dos seus templos e suportar suas obrigações dentro da sociedade, retribuindo por aquilo que se consome.

É um modo de contribuição sistemática e periódica, visando à participação de todos os fiéis na manutenção da Igreja, sem a fixação de percentuais ou penalidades para aqueles que não participam (cf. CNBB – Dízimo – Uma proposta bíblica). O dízimo deve ser a doação espontânea que nasce da compreensão e da necessidade de oferecer uma parte daquilo que a vida lhe proporciona, doando de forma espontânea e generosa, na certeza de que seu ato é agradável a Deus, constituindo, sem qualquer dúvida, a maneira de possibilitar que a evangelização se realize de fato.

A contribuição dos fiéis dignifica o culto divino, mantem os ministros ordenados, promove a realização das mais diversas obras de apostolado e de caridade, pois no Novo Testamento também encontramos o fundamento para a prática dizimista, quando Jesus envia os Doze em missão afirmando: “o trabalhador tem direito ao sustento” (cf. Mt 10,10). O apóstolo Paulo também ensina que o Senhor estabeleceu para os que pregam o Evangelho que vivam do Evangelho (cf. 1Cor 9,14), além de o Livro dos Atos dos Apóstolos nos dizer que a experiência de partilhar os bens para a manutenção da Igreja e dos pobres é muito forte e expressiva (cf. 2,42-47).

O Dízimo é a experiência de fé que torna concreto e possível o sonho da fraternidade. É da consciência e da prática do dizimista que dependem, em grande parte, o dinamismo e a vida da comunidade. É gratidão, sendo um meio concreto de agradecer a Deus por tudo o que Ele nos deu e nos dá, pois, essa gratidão não se manifesta somente através de palavras e orações, mas com gestos concretos.

Por tudo isso não podemos dizer que a Igreja é minha ou é sua, é daquele ou do outro irmão, do sacerdote ou do leigo, porque a Igreja é Nossa, assim como Nossa é a Casa em que vivemos e partilhamos, uma Casa que é vivificada pelo amor do Espírito Santo e que como Casa, nos remete imediatamente lembrar da nossa Mãe, Maria, que com muito amor trouxe ao mundo uma criança que mudaria o mundo, o Filho de Deus, fruto do seu “sim” absoluto, permitindo ao Pai realizar a sua vontade (cf. Lc 1,38).

Chegou agora o momento de darmos o nosso SIM incondicional, contribuindo e doando com generosidade parte daquilo que recebemos de Deus. É nossa oportunidade de dizer SIM e agradecer, pelas bênçãos e graças que todos os dias são derramadas sobre todos nós.


Fonte: www.diocesedeosasco.com.br




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