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Reflexão do Evangelho- Pe. Aldo Dal Pozzo


06.12.2020. 2º DOMINGO DO ADVENTO

Isaías 40,1-5.9-11; Salmo 79; 2Pedro 2,8-14; Marcos 1,1-8

CULPAS E MÉRITOS SÃO INDIVIDUAIS

O Evangelho de hoje diz: “CONFESSAVAM OS SEUS PECADOS” (Mc 1,5). A Bíblia sempre diz que o pecado é individual. Sem arrependimento e confissão dos pecados, não existe civilização, nem sociedade fraterna, nem salvação eterna.

Se o profeta João Batista, o precursor, em vez de ir ao deserto, tivesse ido à grande cidade para sublevar o povo, agitar as multidões, “queimar pneus nas ruas”, jogar pedras nas casas dos chefes religiosos e fariseus, hoje ninguém saberia que ele tinha existido. Depois ele foi ao Jordão, e batizava um por um. Era um batismo de penitência. (O batismo instituído por Cristo é outra coisa.)

Também Cristo, se em vez de se retirar ao deserto e à montanha para rezar, tivesse ido à capital do império para suscitar movimentos revolucionários, e lutar contra a tal da “sociedade injusta e opressora”, não teria sido salvador de ninguém.

Cristo humaniza, santifica e salva mexendo no coração de cada um. Um por um. Quem fica o tempo todo olhando o “pecado social”, apenas cria ódio, se torna um ser tóxico, destrutivo, só pensa em rebelião, só vê os pecados dos outros.

Está na moda, e é uma faceta do tal “marxismo cultural”, dizer que os culpados são os outros. Que somos determinados por fatores externos. Aí, nunca se vê gente dizendo: “a culpa foi minha”, “quem deve se converter sou eu”, “quem deve ser santo sou eu”. Não adianta ficar esperando que os “outros” se convertam, que os vizinhos e parentes sejam ovelhinhas mansas e pacíficas.

Quem vai ser expulso do paraíso não vai ser a “sociedade”. Vai ser AQUELE QUE NÃO RECONHECE OS SEUS PECADOS, individualmente. E quem vai ao paraíso não vai ser a “sociedade”, esse ente abstrato, mas vai ser “essa pessoa”, com nome e sobrenome, e mais aquele, e mais aquele outro.

Isso não é espiritualidade individualista. Pois quem não cuida da sua salvação não cuida de ninguém. A pessoa se santifica, e obtém méritos, também no serviço à comunidade, claro. Jesus reuniu os Apóstolos, fundou a sua Igreja, e lhe deu, somente a ela e a mais ninguém, os meios de salvação. Mas não adianta ficar esperando que o “pessoal” da Igreja seja impecável para “eu” me confessar.

Observemos um santo do dia 6 de dezembro: S. NICOLAU. Suas relíquias estão em Bari, Itália, desde o ano 1087, trazidas que foram de Mira. Esse santo se distinguiu tanto pelas obras de caridade, na ajuda a pobres, como na defesa vigorosa da divindade de Cristo, no Concílio de Niceia, no ano 326. Dos seus ossos, ainda hoje, brota um misterioso líquido (“oleum”, “unguentum”, “myro”, myron”) , que ninguém sabe definir o que seja e, por isso mesmo, está à prova de truque. Aliás, em 1950, por quatro anos, deixaram os ossos expostos ao público. Todos puderam ver os ossos com permanentes gotas parecidas com suor. Este fato já era conhecido e tinha sido registrado por São João Damasceno, no século VIII.

Igualmente brota um óleo misterioso, ainda hoje, dos ossos do Apóstolo S. André, lá em Amalfi, e a festa da Imaculada Conceição é uma das datas em que costumam recolher esse líquido. Ao recolher o óleo, o bispo local costuma anunciar ao povo: “Abbiamo la manna”. Com certeza, esse “manna” (em português, “o que mana”, do verbo manar) traz alegria e esperança ao nosso mundo.

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